domingo, 14 de agosto de 2011

Meia-idade

Subi os olhos pela linha do seu corpo e quando me detive nos pés de galinha em seu rosto, eu me excitei. Desci os olhos delineando as curvas do seu corpo e quando me detive em seus pés, eu não consegui controlar as emoções. Havia algo de especial nela que eu ainda não sabia, não sei se era a pele sedosa, as coxas volumosas sem varizes ou então era a minha imperceptibilidade que me cegava e eu não via nenhum defeito. Nem um traço de celulite, nenhuma linha de estrias, até onde os meus olhos podiam ver. Deixei para a minha imaginação o que não era perceptível.
O fio dental invisível entre as nádegas, duas peras talhadas por mãos de artistas; o vórtice do seu sexo coberto pelo tecido transparente da parte frontal do fio dental deixando a mostra os seus pentelhos aparados me fez tremer nas bases. O seu colo descoberto deixava a minha imaginação correr solta. Os seus seios pareciam duas luas cheias sustidos pela rigidez e por mais que eu procurasse, não percebia nenhum miligrama de silicone. Os bicos dos seios como se quisessem saltar da blusa, pois os mesmos estavam intumescidos, salivaram, não a minha boca, mas o meu pênis. Teria que agir, posto que os desejos clamassem para ser apetecidos. A luz neon dava ao seu rosto uma aura angelical, porém os seus olhos diziam ao contrário, ela não era nada pudica. A echarpe cobrindo os seus cabelos e dando voltas no pescoço, tornava-a exótica e ao mesmo tempo erotizada.
Ia pedir para o bartender que me servisse uma caipirosca, ele sugeriu um Campari. A cor da bebida combinaria com meu estado de animal faminto no cio, disse. Desconsiderei, pedi uma dose de Dry Martini com duas gotas de menta, raspas de pimenta, um morango picado e duas pétalas de rosa vermelha. Estranhou o pedido, porém, eu não lhe dei trela, posto que na noite se um homem perde tempo conversando com um bartender, de uma ou duas, ou ele quer informação de algum bofe ou está afim do cara. Se tem uma coisa que não me apetece é o mesmo sexo.
Fui à mesa sequioso em me apetecer com o prato próprio para o meu gênero, ou seja, o sexo oposto, e levava em mãos os drinques.
- Posso. - Disse puxando a cadeira e me sentando.
- Acho que você não está em idade de poder. - Ela debochou.
- Tanto o poder, quanto a mulher, precisa de muito esforço para conquistá-los. E apesar da pouca idade, creio que ainda não me esforcei o suficiente para tê-los, mas tenho algo que me fará ter os dois. - Disse tudo isso movido pelo drinque que havia tomado, o dela ainda estava no copo.
- Fiquei curiosa em saber o quê. - Ela disse isso não somente através das palavras, mas, também, através dos olhos. E os seus olhos eram como um diamante, além do valor em si, traziam um magnetismo inexplicável.
- Uma vontade imensurável de foder. - Ao ouvir-me, ela riu com os olhos.
- Realmente, para se ter poder é necessário foder muitas pessoas. - Disse isso fingindo não ter me entendido, então me fiz explicar.
- Não. É necessário foder uma mulher, posto que com uma mulher em mãos, como você, todo homem é poderoso. - Ao perceber que ela ia se levantar, concluí que o xaveco não ia dar certo e então segurei em suas mãos.
- O que você quer menino?
- Você.
- Não acha que está querendo muito.
- Não. O muito vai ser se você me deixar fazer o seu café da manhã no outro dia.
Movimentando o dedo indicador pedindo que eu a seguisse, ao invés de tomar o rumo da saída, ela parou embaixo da escada e na penumbra, retirou a echarpe que cobria a sua cabeça deixando a mostra o seu longo cabelo plúmbeo. Até aquele momento eu sempre me perguntava o porquê das mulheres, principalmente as de meia idade, usar aquela peça de vestuário. Soube quando ela passou uma das pontas entre as pernas com uma das mãos e com a outra em cima da minha cabeça forçou-me para baixo. Ajoelhado, ela passou a echarpe pelo meu pescoço e novamente entre as pernas; com as duas pontas nas mãos, as transpassou pelas costas e as levou até os ombros puxando-me de encontro a sua boceta. Ela estava com uma micro-saia e sem nenhuma peça íntima.
Chupei-a freneticamente, assim que seu prazer chegava ao extremo, ela puxava com mais força as pontas da echarpe. Sufocado, a dor no pescoço estava insuportável, porém, não pedi para ela afrouxar, pois quanto mais dolorido ficava, mais prazer eu tinha. Ela gemia aos urros, o prazer que ela sentia deveria ser imensurável, pois percebi as veias do meu pescoço dilatadas devido à força empregada ao puxar mais ainda a echarpe. Minha boca estava tão pressionada a sua boceta que senti minha língua afundando entre as suas vulvas. Pensei que ia morrer, pois ela puxou demasiadamente a echarpe que minha língua endureceu de tal forma que eu não saberia diferenciar do meu pênis. O alívio veio quando senti o líquido do seu gozo escorregar pela língua e se perder em meu peito. Ela não me deu sossego, pediu para eu subir na escada, e quando o meu pênis estava na altura de sua boca, ela pegou uma das minhas pernas e colocou sobre o seu ombro, fez o mesmo com a outra perna. Com a sua boca afundada em meu pênis, ela começou a me chupar, mordiscando a minha glande e com as duas mãos beliscando os meus mamilos com a sua unha. A proporção da dor era equivalente ao do prazer. Ela era insaciável, retirou um creme da bolsa e passou no meu pau, o senti gelar e logo esquentar, abraçou-me com uma das mãos e com a outra segurando o meu pau, levou- até o seu cu. Curvou-me para trás e começou a morder o meu peito, senti o sangue escorrer, gritei de dor e quanto mais gritava, mais ela mordia e eu desesperado enfiava o meu pau no seu cu violentamente. Percebi que quanto mais violento eu enfiava, mais ela gozava e muito mais forte era a sua mordida. Somente quando senti que a estava rasgando foi que ela me soltou. Bati com a cabeça no chão e atordoado, eu levantei. Olhei em volta e não a vi, pudera, eu estava no meu quarto. Tudo não passou de um sonho. Tomei banho logo em seguida e ouvi a campainha tocar. Atendi. Era a minha vizinha pedindo um pouco de açúcar. Falei-lhe que só adoçava com leite condensado. Ela estranhou e saiu, segundos depois voltou e me perguntou se eu não queria fazer um café adoçado com leite condensado, pois estava precisando experimentar novos sabores, e foi enfática quando disse isso. Receoso, eu me retive, contudo, ela, ao virar-se, deixou transparecer outros desejos, alem o de beber café, e finalmente tomei a decisão de segui-la ao notar um fio de cabelo branco surgindo entre tantos outros pretos. Ela estava entrando na meia-idade.

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