domingo, 13 de novembro de 2011

Sobre galinha, vaca e piranha

     Ela parecia carregar um outdoor gigante iluminado por lâmpadas néon escrito em letras garrafais: "ME COMA ANTES QUE A MINHA CARNE PEREÇA". Ela era o que se denominava vulgarmente de galinha, e, como toda espécie evolui, logo se transmutaria em vaca, sem antes transitar por outro reino e nadar em outras águas como piranha. Enfim, ela própria chegaria a conclusão de que como galinha não alçaria voos, como vaca ruminaria por pastos secos, como piranha nadaria e morreria na beira do rio. Então, ela resolveu dar passos maiores e se tornou prostituta, dessas que em início de carreira, a garotada faz fila em volta do quarteirão onde está localizado o puteiro; isso sei por experiência própria, explico-me.
   Cansado das aulas de matemática e de suas somas de zeros redundarem em nada - eu queria era somar um mais um, ou, até mesmo, um mais zero, desde que fosse com o sexo oposto. -, convoquei os meus colegas de classe para cabularmos a aula e ir ao puteiro próximo da escola, pois havia chegado uma nordestina porreta, arretada e apertada. Tirando alguns CDFs, a classe masculina compareceu a convocação.
   Encontramos o cafetão, sentado, com a sua gata de estimação no colo, usando os dedos para masturbá-la. Segundo ele, a gata no cio era mais nervosa do que a mulher de TPM. A fila dava voltas no quarteirão, cliente antigo, furei a fila e fui o primeiro. Carne nova tem que ser comida sem muito caldo para saber de seu gosto, o restante da fila que se contentasse com um bom ensopado. Saí do puteiro sabendo matemática, não como Tales de Mileto, mas somando na pratica um mais um e um mais zero com o sexo oposto, tanto quanto o sexo oposto de subtração me ensinou ao me fazer saber que minha mesada tinha ido pro saco.
   Não sei quem foi que disse a minha mãe que algumas partes dos animais, cozidas, servem como revigorante. Saí do puteiro exultante e feliz, porém, bastou eu chegar em casa para a minha mãe dizer que estava pálido e precisava de uma cumbuca do seu revigorante. Ela voltou da cozinha com um ensopado de sobrecu da galinha. Enjoado, ao terminar de comer o ensopado, eu ouvi o riso entre dentes da minha prima e, logo em seguida, vi o seu outdoor gigante iluminado por lâmpadas néon escrito em letras garrafais: "ME COMA ANTES QUE MINHA CARNE PEREÇA".
   A minha prima é, como os patriarcas da família dizem, o galho podre da árvore genealógica, contudo, prefiro como os primos a define, a última maçã da macieira. E dentre todos os primos, eu era o único que não conhecia o gosto da fruta.
   Festa de Natal, eu estava tomando o meu ponche tranquilamente quando ouço a voz da minha prima:
   - O ruim dessas reuniões familiares é um falar mal do outro, o outro falar mal de um e tanto um como o outro não reclamar por saber que há muita verdade no que está sendo dito. Além disso, há esse ponche de maçã horrível, e no fim da festa, a rabanada de sua mãe, com exceção do seu pai, ninguém gosta. Tenho coisa melhor em minha casa para ser comida. Ah! Ia esquecendo dizer, a minha rabanada não é polvilhada com açúcar e canela.
   A alusão a rabanada me empolgou, contudo a minha tia cortou o meu apetite ao falar.
   - V..., leva o seu irmão P... que ele quer dormir.
   Sem cerimônias, ela pegou o seu irmão pelo colo, piscou para mim e meneando a cabeça fez sinal para segui-la. Os meus órgãos degustativos começaram a salivar ao divisar a rabanada diante de si, e a filha da puta ia rebolando cadencialmente. Provocando, cada banda da bunda soletrava: "me-co-ma". Em sua casa, ela depositou o seu irmão, atravessado, na cabeceira da cama e, pegando-me pela camisa, empurrou-me sobre o colchão ao pé da cama. Arrancou a minha calça juntamente com a cueca e, ajoelhada, chupou o meu pau. Despregando os botões, os da camisa, ela montou em cima de mim gritando talmente o jóquei ao divisar a vitória antes de cruzar a linha de chegada. Quando o seu irmão despertou, ao invés de sair de cima de mim, ela enterrou a cabeça dele com a mão no colchão. Receoso que ela o sufocasse, eu a esbofeteei uma, duas, três vezes tentando tirá-la de cima de mim, quando dei por mim, estávamos aos gemidos lutando box. O nosso gozo escorreu pelas minhas coxas ao mesmo tempo em que o seu irmão tossindo, sufocado, pedia socorro. Saí do quarto lestamente em direção ao banheiro para não ser reconhecido pelo primo. Poucos minutos depois, ela entrou no banheiro com um copo com Dreher e Martini, sentou no meu colo, ofereceu o drink, entrelaçou os seus braços sobre o meu ombro e sussurrou em meus ouvidos:
   - Quando adolescente, o meu desejo era que você quebrasse o meu cabaço, mas você não estava preparado para isso. Agora, que tal você quebrar o lacre do único buraco meu que não foi comido.
   Ela era uma mentirosa vulgar, porém, a sua vulgaridade me fascinava.
   - Em ouvido e nariz o "edinho" não consegue entrar. - Eu lhe disse.
   Ela, aos risos, sussurrou como se mastigasse cada letra da frase com gozo:
   - Eu quero que você quebre o lacre do meu rabo. Quero sentir o teu pau latejando no meu cu.
   Ela correu à cozinha, voltou com um pote de margarina Delícia, untou o meu pau e o chupou até ficar em posição de sentido. Virou-se e sentou em cima do "edinho". Vi ela se descabelar e chorar de desespero, pois o "edinho" não entrava no seu cu, ora vergava para a direita, ora para a esquerda. Afoita, ela, novamente, foi à cozinha trazendo todos os óleos ali existentes, do de soja ao de oliva. Infelizmente o "edinho" tinha pedigree, era um legítimo Ribeiro, devido a sua dimensão e espessura, não entraria.
   Quando ela saiu do quarto com uma sacola de supermercado cheia de produtos da Avon, eu tive certeza, ela era uma maníaca sexual. Cremes antiidades floriam em suas mãos. Receoso de que ele usasse aqueles cremes, eu lhe disse: "Nananinanão, você não vai usar...". Antes que eu completasse a frase, ela me interrompeu.
   - Primo Eder, eu não vou passar o creme em seu saco, pode ficar tranquilo, ele permanecerá enrugado. Vou usá-lo na sua rola. - Disse isso enchendo as mãos com os cremes e partindo para cima de mim com olhos famintos, mais ainda, o olho cego.
   - Por isso mesmo, vai que o creme funciona e o "edinho" volta a sua velha infância, ou seja, ao invés de ser um RIBEIRO com dois pontos e, entre eles, um longo e volumoso ponto de exclamação, passa a ser um ribeiro com minúsculas reticências.
   Quem disse que ela me ouviu, usou tantos potes de creme antiidade que daria para a minha tia rejuvenescer uns trinta anos, e olha que ela precisava. Porém não adiantou, por mais que ela tentasse, o "edinho" batia na trave e não entrava no gol. Enfim, ela desistiu. Quando estava saindo, ela me jogou contra a parede do banheiro dizendo-me: "Você não vai sair sem se despedir de mim". Assim que ela colocou a perna no vaso, e, com as mãos, enfiou o "edinho" na sua buceta, ao mesmo tempo, a minha tia enfiava a chave no buraco da fechadura da porta de entrada da casa. O barulho da abertura da porta nos salvou. Corri para o quarto, joguei-me embaixo da cama e ela atrás de mim empurrava as minhas roupas, a garrafa de Dreher e Martini e as sobras da pizza que havíamos pedido horas antes. Devido à cama ser baixa, eu tive que virar a cabeça - a de cima - de lado senão não entrava. Não obstante, as sobras de pizza não couberam embaixo da cama, eu tive que engoli-las; a garrafa de Dreher não cabia em pé, entornei-a de uma vez; a garrafa de Martini teve o mesmo destino. Neste dia perdi a minha paciência e nunca mais a recuperei. Foram horas exsudando a espera da saída da minha tia.
   Quando cheguei em casa, vomitei pizza em pedaços para tudo que é lado. Durante a primeira semana, a minha mãe me fez tomar caldo de rabo de piranha para depois introduzir ensopado de sobrecu de galinha e, finalmente, uma rabada de vaca. Jurei a mim mesmo nunca mais comer qualquer parte traseira dos animais.
   Após um mês, devido à insistência da minha prima, eu quebrei as juras.
   Ela conseguiu, eu marquei o gol.

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domingo, 14 de agosto de 2011

Meia-idade

Subi os olhos pela linha do seu corpo e quando me detive nos pés de galinha em seu rosto, eu me excitei. Desci os olhos delineando as curvas do seu corpo e quando me detive em seus pés, eu não consegui controlar as emoções. Havia algo de especial nela que eu ainda não sabia, não sei se era a pele sedosa, as coxas volumosas sem varizes ou então era a minha imperceptibilidade que me cegava e eu não via nenhum defeito. Nem um traço de celulite, nenhuma linha de estrias, até onde os meus olhos podiam ver. Deixei para a minha imaginação o que não era perceptível.
O fio dental invisível entre as nádegas, duas peras talhadas por mãos de artistas; o vórtice do seu sexo coberto pelo tecido transparente da parte frontal do fio dental deixando a mostra os seus pentelhos aparados me fez tremer nas bases. O seu colo descoberto deixava a minha imaginação correr solta. Os seus seios pareciam duas luas cheias sustidos pela rigidez e por mais que eu procurasse, não percebia nenhum miligrama de silicone. Os bicos dos seios como se quisessem saltar da blusa, pois os mesmos estavam intumescidos, salivaram, não a minha boca, mas o meu pênis. Teria que agir, posto que os desejos clamassem para ser apetecidos. A luz neon dava ao seu rosto uma aura angelical, porém os seus olhos diziam ao contrário, ela não era nada pudica. A echarpe cobrindo os seus cabelos e dando voltas no pescoço, tornava-a exótica e ao mesmo tempo erotizada.
Ia pedir para o bartender que me servisse uma caipirosca, ele sugeriu um Campari. A cor da bebida combinaria com meu estado de animal faminto no cio, disse. Desconsiderei, pedi uma dose de Dry Martini com duas gotas de menta, raspas de pimenta, um morango picado e duas pétalas de rosa vermelha. Estranhou o pedido, porém, eu não lhe dei trela, posto que na noite se um homem perde tempo conversando com um bartender, de uma ou duas, ou ele quer informação de algum bofe ou está afim do cara. Se tem uma coisa que não me apetece é o mesmo sexo.
Fui à mesa sequioso em me apetecer com o prato próprio para o meu gênero, ou seja, o sexo oposto, e levava em mãos os drinques.
- Posso. - Disse puxando a cadeira e me sentando.
- Acho que você não está em idade de poder. - Ela debochou.
- Tanto o poder, quanto a mulher, precisa de muito esforço para conquistá-los. E apesar da pouca idade, creio que ainda não me esforcei o suficiente para tê-los, mas tenho algo que me fará ter os dois. - Disse tudo isso movido pelo drinque que havia tomado, o dela ainda estava no copo.
- Fiquei curiosa em saber o quê. - Ela disse isso não somente através das palavras, mas, também, através dos olhos. E os seus olhos eram como um diamante, além do valor em si, traziam um magnetismo inexplicável.
- Uma vontade imensurável de foder. - Ao ouvir-me, ela riu com os olhos.
- Realmente, para se ter poder é necessário foder muitas pessoas. - Disse isso fingindo não ter me entendido, então me fiz explicar.
- Não. É necessário foder uma mulher, posto que com uma mulher em mãos, como você, todo homem é poderoso. - Ao perceber que ela ia se levantar, concluí que o xaveco não ia dar certo e então segurei em suas mãos.
- O que você quer menino?
- Você.
- Não acha que está querendo muito.
- Não. O muito vai ser se você me deixar fazer o seu café da manhã no outro dia.
Movimentando o dedo indicador pedindo que eu a seguisse, ao invés de tomar o rumo da saída, ela parou embaixo da escada e na penumbra, retirou a echarpe que cobria a sua cabeça deixando a mostra o seu longo cabelo plúmbeo. Até aquele momento eu sempre me perguntava o porquê das mulheres, principalmente as de meia idade, usar aquela peça de vestuário. Soube quando ela passou uma das pontas entre as pernas com uma das mãos e com a outra em cima da minha cabeça forçou-me para baixo. Ajoelhado, ela passou a echarpe pelo meu pescoço e novamente entre as pernas; com as duas pontas nas mãos, as transpassou pelas costas e as levou até os ombros puxando-me de encontro a sua boceta. Ela estava com uma micro-saia e sem nenhuma peça íntima.
Chupei-a freneticamente, assim que seu prazer chegava ao extremo, ela puxava com mais força as pontas da echarpe. Sufocado, a dor no pescoço estava insuportável, porém, não pedi para ela afrouxar, pois quanto mais dolorido ficava, mais prazer eu tinha. Ela gemia aos urros, o prazer que ela sentia deveria ser imensurável, pois percebi as veias do meu pescoço dilatadas devido à força empregada ao puxar mais ainda a echarpe. Minha boca estava tão pressionada a sua boceta que senti minha língua afundando entre as suas vulvas. Pensei que ia morrer, pois ela puxou demasiadamente a echarpe que minha língua endureceu de tal forma que eu não saberia diferenciar do meu pênis. O alívio veio quando senti o líquido do seu gozo escorregar pela língua e se perder em meu peito. Ela não me deu sossego, pediu para eu subir na escada, e quando o meu pênis estava na altura de sua boca, ela pegou uma das minhas pernas e colocou sobre o seu ombro, fez o mesmo com a outra perna. Com a sua boca afundada em meu pênis, ela começou a me chupar, mordiscando a minha glande e com as duas mãos beliscando os meus mamilos com a sua unha. A proporção da dor era equivalente ao do prazer. Ela era insaciável, retirou um creme da bolsa e passou no meu pau, o senti gelar e logo esquentar, abraçou-me com uma das mãos e com a outra segurando o meu pau, levou- até o seu cu. Curvou-me para trás e começou a morder o meu peito, senti o sangue escorrer, gritei de dor e quanto mais gritava, mais ela mordia e eu desesperado enfiava o meu pau no seu cu violentamente. Percebi que quanto mais violento eu enfiava, mais ela gozava e muito mais forte era a sua mordida. Somente quando senti que a estava rasgando foi que ela me soltou. Bati com a cabeça no chão e atordoado, eu levantei. Olhei em volta e não a vi, pudera, eu estava no meu quarto. Tudo não passou de um sonho. Tomei banho logo em seguida e ouvi a campainha tocar. Atendi. Era a minha vizinha pedindo um pouco de açúcar. Falei-lhe que só adoçava com leite condensado. Ela estranhou e saiu, segundos depois voltou e me perguntou se eu não queria fazer um café adoçado com leite condensado, pois estava precisando experimentar novos sabores, e foi enfática quando disse isso. Receoso, eu me retive, contudo, ela, ao virar-se, deixou transparecer outros desejos, alem o de beber café, e finalmente tomei a decisão de segui-la ao notar um fio de cabelo branco surgindo entre tantos outros pretos. Ela estava entrando na meia-idade.

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